Look do dia

Meu Pisêro

Textos

A auto-sabotagem e o controle ilusório que ela traz

Sentimentos

Em um relacionamento sério (comigo mesma)

7 motivos pra você ter um animal de estimação

27jan
Ter um bichinho de estimação é mais do que ter alguém pra brincar e fazer fotos pras redes sociais. Ter esse tipo de amigo traz verdadeiras lições de vida, de amizade, e de senso de responsabilidade. Tudo isso fica marcado no dono e nos envolvidos mesmo depois que o bichinho parte. Saiba a seguir 7 motivos pelos quais eu acredito que valha a pena você ter um amiguinho pra cuidar e pra cuidar de você. <3
Ajudam durante a depressão

Certeza que você já ouviu em algum lugar que animais de estimação ajudam a superar crises da psique. Isso já foi cientificamente comprovado em vários estudos, saindo até do lado psicológico pro lado físico, quando descobriram que um cão pode ser treinado pra identificar problemas na saúde do dono, como níveis de açúcar perigosamente baixos no sangue e até mesmo detectar câncer. Uma das minhas favoritas é aquele vídeo que você já deve ter topado pela internet onde uma criança com síndrome de down cede ás investidas afetuosas de um cachorro, depois de o bichinho muito insistir e ser rejeitado por ele. Tem esse vídeo aqui.
*Participação especial da Aninha e a véinha dela na ilustração, que já partiu pro outro lado do arco-íris.

Te ajudam até a vigiar a casa

Pode parecer bobo, já que sim existem cães de guarda, mas não só eles como qualquer outro animal (especialmente cachorro, que é mais “barulhento”) vão estranhar se um estranho tenta entrar na sua casa. Eles latem, fazem escândalo, tentam te avisar que tem um desconhecido por perto e avisar ao desconhecido que ele está ultrapassando os limites do território dele. Já foram duas ou três vezes que a Nicole começou a latir do absoluto fucking nada pra depois descobrir que havia ou uma pessoa comum apenas perto da calçada na frente da casa, ou como foi durante uma madrugada o que parecia alguém tentando abrir o portão. Imaginam meu pânico né? Pra quem não tem alarme, até um cachorrinho pequeno se faz uma salvação nessas horas. Nesse caso que falei agora, foi só eu aparecer com a cabeça na janela mais longe da porta que quem quer que estava ali, saiu correndo com mais de mil. CORRE MESMO, MANOW

Ensinam responsabilidade

Descobrimos que depois da fase “ain quero um bichinho pra brincar” que além de brincar, e como qualquer outro ser vivo que vá ficar na sua custódia, ele precisa de cuidados. Atentamos ao fato de que pets não podem se alimentar e se cuidar sozinhos se você não der uma forcinha. (Deixar água limpa e ração saudável sempre a disposição, além de um ambiente limpo e confortável de acordo com o tamanho dele). Dar comida “de gente”? É difícil sim resistir aqueles olhões te pedindo um teco daquele chocolate ou daquele churrasquinho, mas é só depois de várias “escapulidas” que percebemos que gostaríamos de ter sido mais firmes. Nada tem efeito mais forte num dono de pet pra ensinar responsabilidade, do que estar ao lado do seu companheiro numa enfermaria veterinária enquanto o bichinho debilitado tem que tomar soro pelas N complicações que comer aquele chocolate só aquela vezinha acabou provocando.

Ele é seu; e você é dele

Acha que só você tem um bebezão pra cuidar? Pois seu pet também tem. O raciocínio deles é que você é outro cachorro/gato bobão a quem ele ama e sente que precisa cuidar. A partir do momento que vocês se tornam parceiros, assim como você precisa dele, ele também precisa de você. Assim como você cuida dele, ele também vai cuidar de você. Do jeitinho dele. (Sendo se aninhando no seu pé quando você está triste, ou te trazendo passarinhos mortos achando que você está morrendo de fome por não saber caçar tão bem quanto eles.)
*Participação especial da Adrika, o marido Renato, e a filhota deles Emma na ilustração, que já foi pro outro lado do arco-íris.

Te ensinam humanidade

Poucas são as pessoas que nunca tiveram um animal pra cuidar mas que ao mesmo tempo se sensibilizam ao verem bichinhos abandonados, doentes, ou sendo maltratados. A gratidão de um bichinho de rua que recebe comida de você é um choque de realidade, faz bem pra você, e faz bem pra ele também. Se não pode e não tem condições de resgatar um animal de rua, considere ajudar e doar para ONGS da sua cidade que fazem isso.

Dos momentos alegres

Não dava pra (Quase) acabar essa lista sem falar disso, né? A alegria que um pet vai trazer pra você e pra sua família é o tipo que só mesmo um animalzinho poderia. Desde as brincadeiras, até as bobagens que eles fazem (quando eu beijava a Mika ela tentava comer o meu cabelo, sos), e até aqueles momentos “relax” onde numa tarde chuvosa de domingo você quer ficar lendo um livro no sofá e tem aquela bola de pêlos aninhada e roncando na sua canela. Coisas simples, coisas bobas. Coisas que fazer sem eles dificilmente seriam as mesmas.
*Participação especial minha e da Mika, que já foi pro outro lado do arco-íris, na ilustração.

Amizade eterna

O pet é aquele amigo que mesmo que você grite com ele, ignore ele quando pede pra brincar, sai de casa e fica fora por vááárias horas ou o que for. Ele sempre vai ficar feliz de te ver de novo. E quando eu digo eterna, é eterna mesmo. Se até o Papa Francisco diz que todas as criaturas vão pro céu, quem sou eu pra discutir, né? E nem quero. É reconfortante pensar que aquele nosso parceiro que ficou tão pouco tempo com a gente aqui na terra vai estar esperando do outro lado quando você for pra lá. E louco de feliz não importa o tempo que ele esperou. Exatamente como era quando você demorava pra voltar pra casa.

Pets têm defeitos? Têm. Um.
Terem tempos de vida tão curtinhos.
Esse post foi feito como forma de desabafo. E também, pra homenagear e sempre lembrar da Mika, que faleceu na última quinta-feira (22/01), depois de complicações que apareceram por conta da velhice. Pra quem não sabe, o tempo médio de vida de um hamster é de dois anos mesmo. Terrível, né?

Ela passou por eutanásia para deixar de sofrer depois de uma manhã inteira de tentativas de recuperação de reflexos no veterinário e dificuldades de respirar por conta própria, além de episódios de epilepsia. Me aperta o coração só de lembrar. Passei essa manhã intensa inteira ao lado dela, chorando, chorando, dizendo que a amava muito. E no final, tive de pedir que ela me perdoasse mas que eu ia ter que fazer toda a dor dela ir embora junto com ela. Eu tenho a sensação fortíssima de que ela tava me ouvindo e tava me entendendo. Ela morreu dormindo depois da anestesia antes da injeção letal. E essa é a primeira vez que eu falo sobre como ela morreu. Não sei se me fez bem ou se fez mal ter falado ainda, mas acho que era justo deixar claro que ela não ficou sozinha nem por um momento e que deixar que ela continuasse sofrendo não era opção. Era apenas cruel. Me doeu e me traumatizou assinar aquela autorização, mas não me arrependo nem um pouco.
Ela tinha 2 aninhos e um mês de idade, e durante esses dois anos foi uma ratinha muito feliz, saudável, e uma das três fontes de força desta que vos fala. Pro pouco tempo que esteve presente, marcou todos os habitantes da casa e nunca vai ser esquecida.
 

Te amo mimika. Tente não destruir nenhum papel importante nem comer o cabelo de ninguém aí onde você está. Um dia você vai apostar corrida pelos meus braços de novo.
Amem e cuidem dos seus amiguinhos animais. E estejam com eles até o final, porque é quando eles mais vão precisar de vocês. E é também onde eles deixam a lição final pra você; a vida é curta, e é preciso aproveitar cada minutinho dela com quem nós amamos, sejam eles animais ou pessoas. Porque é só isso que a gente leva quando for embora. É só isso que importa.
Suelen Cosli