Perguntei no facebook uns dias atrás quão grande seria o interesse da galera em ler contos de terror traduzidos aqui no blog. Eu pessoalmente AMO ler relatos, especialmente aqueles atestados como sendo verdadeiros; sigo alguns tumblrs e alguns blogs gringos que postam histórias de e-mails enviados pra eles contando cada coisa cabeluda (de novo AMO), e pensei; Quero dividir essas lindezas com os floquinhos. Pelo menos com aqueles que são tão sádicos da cabeça como eu e curtem ler história de fantasma e capiroto de madrugada. (Deus, me ilumina aqui)
A resposta no face foi bem bem BOA então decidi e assim farei, de tempo em tempos vou trazer um relato traduzido que tenha chamado minha atenção e que seja bacaninha, começando por esse que, no tumblr, não possuia nome então eu mesma criei um pra entitular o post: Minha amiga Jo.
Lê quem quer e depois não culpa tia Suh pela noite sem sono. Nem pela respiração arrastada no cantinho mais escuro do quarto.
Fiquem com o relato abaixo, seguido do link pro post original no meu tumblr favorito de todooooos os tempos. Beijos! <3
“Quando eu era mais jovem, talvez entre os 6 ou 7 anos, nós morávamos em uma cidade pequena em uma das áreas mais isoladas da Pensilvânia. Era um cenário típico, lojas de papai e mamãe, pessoas que cresceram umas com as outras por gerações, e extensas áreas arborizadas.
Naquela época eu estava morando com meus pais e minha avó na mesma casa. Duas casas mais abaixo da nossa vivia uma família com uma garotinha chamada Joanna. Nós éramos as duas apenas crianças e por isso fizemos amizade rapidamente. Jo era do tipo que amava ficar ao ar livre, e nós sempre estávamos escalando árvores ou andando nas pontas dos pés pelas bordas da floresta. Eu nunca tive de fato permissão pra entrar na floresta no entanto, tendo pais mais durões do que ela, e eu não ousava mentir a respeito (minha mãe sempre sabia quando eu fazia algo pelas costas dela).
Um dia, Jo veio á minha casa e queria brincar. Minha avó disse a ela que eu poderia brincar mais tarde porque eu tinha de ir ao médico fazer um checkup antes do ano escolar começar. Era verão, e nós costumávamos sempre ficar brincando ao ar livre por bastante tempo já que o sol ficava no céu por mais tempo. Naquela noite eu estava pela casa quando ouvi um tap-tap na tela da porta (nós deixamos a porta sólida da frente aberta no verão quando ainda estava claro para deixar entrar um pouco de ar fresco, já que não tínhamos ar condicionado na época). Jo estava parada ali, o que eu achei estranho, porque ela normalmente entrava sozinha e sem cerimônias na casa. Eu me aproximei e abri a porta telada e ela me chamou para ir brincar. Ela parecia meio bagunçada, mais que o normal, então eu perguntei a ela o que ela esteve fazendo.
Ela me disse que esteve dentro da floresta e achou um lugar incrível por lá, e que nós tínhamos de ir conferir, só dessa vez, ela prometeu. Eu me senti um pouco desconfortável e disse a ela que não podia ir por causa da minha mãe. Mas Jo continuou insistindo e toda a situação só ficou mais esquisita porque ela não entrava na casa e simplesmente ficava lá, em pé do lado de fora. A insistência dela beirava o agressivo em certo ponto, e eu me senti ficando ansiosa. Eu fingi subir as escadas para perguntar a minha avó se poderia ir brincar com a Jo, e então menti e disse a ela que minha avó me disse para ficar em casa. Jo ficou brava, e eu fechei a porta.
Eu eventualmente espiei entre as persianas para ver se ela ainda estava lá, mas ela não estava.
Naquela noite eu estava na sala de estar assistindo desenhos enquanto minha avó fazia o jantar. De repente havia uma grande comoção quando meus pais entraram apressados, correndo até mim. Minha mãe estava chorando e me abraçando e eu não conseguia entender por que ela ficava dizendo como estava aliviada.
Mais cedo naquela manhã, quando eu fui ao médico com a vovó, Jo havia ido para a floresta brincar. Ela de alguma forma tropeçou em uma raiz ou uma pedra e caiu por um declínio de terra, quebrou o pescoço, e morreu na hora.”