Look do dia

Meu Pisêro

Textos

A auto-sabotagem e o controle ilusório que ela traz

Sentimentos

Em um relacionamento sério (comigo mesma)

Recebi e não gostei, posto ou não posto?

21jul

Nessa nossa blogosfera recebemos de tudo pra fazer resenha no blog, desde que dentro da gama de assuntos do nosso blog (e isso nem sempre né? Já vi tanto blog literário fazendo resenha de tempero, oq), e cedo ou tarde vamos enfrentar uma questão moral; recebi um produto, testei, e não gostei. E agora? Posto ou não posto?

Vamos partir da premissa de que postar e mentir que o produto é bom, simplesmente pra agradar a marca, é uma atitude inconcebível e não é uma opção. Vamos usar a cabecinha, porque mentir numa resenha não faz o menor sentido; se a marca te mandou um produto pra ser testado e resenhado, é mais que óbvio que ela o fez porque sabe que você tem leitores para influenciar; quão desastroso seria mentir que aquele creminho miraculoso sumiu com toda a sua acne em uma hora como o mesmo prometia, daí seu leitor vai lá e compra na maior esperança e PÁ derrete a face do cidadão (oi, to sendo dramática para efeitos).

A marca perde qualquer credibilidade que ainda tinha (mesmo com um creme que derrete pele, vai saber) com o público que sua gafe alcançar, e você perde ainda mais que ela sua credibilidade com seus leitores. Então vamos repetir pra grudar:

Não vou mentir numa resenha de produto!

Ok, agora que já estabelecemos a parte mais óbvia, vamos dar continuidade.

Eu quis fazer esse post porque um tempo atrás (bastante tempo mesmo, o blog ainda era beeeeem ativo, ok? ok) aconteceu uma situação do tipo comigo que me deixou pensando, sobre o que é o certo e o que é o moralmente certo.

Recebi a terceira colaboração de uma determinada marca. A primeira e a segunda correram lindamente, os produtos foram 100% aprovados e muitos deles eu ainda uso até hoje. Porém, contudo, todavia, o terceiro recebido foi nada mais nada menos que um kit de cuidados para cabelos cacheados.

Já fiquei com um pé atrás, naturalmente, porque aquela marca nunca tinha produzido uma linha para cachos e quem tem cachos sabe, fios enrolados não são nada fáceis de cuidar. É uma verdadeira maratona comercial até a gente achar um produto que de fato funcione! Eu por exemplo hoje em dia uso quase que exclusivamente 3 marcas nos cabelos apenas… Todas testadas previamente com afinco e pra chegar nelas, foi muita dor de cabeça com fios quebrados e dinheiro jogado no lixo.

E quais as chances de uma nova linha que ainda nem estava disponível no mercado, de uma marca que até então não havia se arriscado no mercado cacheado, dar certo no que já estabelecemos que é um tipo de cabelo bem difícil de cuidar?

Como boa blogueira aventureira que sou, fui e testei a linha completa.

Resultado: se meu cabelo fosse um organismo vivo (e não to dizendo que não é, ele já tentou me enforcar algumas vezes) digamos que naquele momento ele seria uma forma mais primitiva e raivosa do meu cabelo normal.

As pontas quebraram e espicharam; os cachos antes em formato de parafuso, agora tinham a forma de um cabelo frizado com ondinhas tipo miojo com prancha dos anos 90. Eu não to exagerando. Além do frizz em si que tava se atirando pra tudo que era lado. Sem brilho. Enfim, uma confusão. Parecia que ao invés de uma linha de 5 produtos de hidratação, eu tinha usado 3 litros de shampoo anti-resíduos e enxugado o bendito com uma toalha emborrachada. Ficou muito muito ruim.

Depois de reverter o quadro usando a receitinha que mostrei nesse post aqui, começou meu dilema. Q q eu vo faze mds

Enrolei uns dias pensando em como sequer começar essa resenha, que no final seria o pesadelo publicitário de todo fornecedor; alguém dizendo que testou seu produto e que ele não é nada do que ele prometeu. Do jeito que estava eu cheguei em duas conclusões:

  1. Eu faço a resenha de forma sincera, porém não tão bruta nem gráfica, e sempre atentando pra possibilidade de que o que funciona pra um cabelo, talvez não funcione pra outro. Mas isso poderia resultar na marca ficando ressentida e não mais me mandando nada pra resenhas, sendo que outras linhas deles como eu já disse aqui, adoro e uso até hoje (eu sei que não parece um comportamento profissional, criar uma birra com uma blogueira, mas vocês ficariam surpresos. CONHEÇO HISTÓRIAS e normalmente elas tem apenas a ver com representantes locais mau preparados, e não com as marcas em si).
  2. Eu não faço a resenha. Aviso o representante que me enviou a linha, o motivo pelo qual eu não faria o post. Vida que segue.

Apesar de não ter gostado muito, acabei ficando com a opção dois para evitar dor de cabeça e assumindo que talvez, como falei lá em cima, esse resultado fosse só no meu cabelo, e que eventualmente apareceria outra blogueira testando a mesma linha com resultados positivos. E claro, me lasquei porque o resultado foi exatamente o mesmo previsto pra opção um. O cara nunca mais quis saber de mim!
O representante leu minha mensagem no whatsapp, não disse mais nada, e não escuto dele desde então.

FAZER O QUE?

Concluí que talvez tivesse sido melhor resenhar do mesmo jeito. Mostrar os resultados com fotos do tratamento e esperar o meteoro chegar, dando o benefício da dúvida de que talvez em outros fios (mesmo no tipo de cacho, o que dá certo num 2B pode não ser tão bom num 3A, por exemplo) o resultado fosse diferente, mas sempre sendo transparente e ainda respeitosa. Só sei que desde então seleciono muito bem as marcas que recebo no blog. Por exemplo, se eu tivesse recebido informações de composição dos produtos antes de poder aceitar o recebimento dele (tinha petrolato, socorro), provavelmente sugeriria á marca enviar mais produtinhos pra pele, que até então haviam dado super certo. Oh well.

Daí fica o dilema moral pra vocês opinarem nos comentários desse post; no recebimento de um produto ruim, é melhor deixar de resenhá-lo e talvez perder a marca, ou resenhá-lo assim mesmo e talvez perder a marca, talvez não… Talvez levar bombardeio de críticas da parte deles e em casos extremos até processinho caso não haja uma escolha minuciosa de palavras na hora de falar que o produto deles fez seu cachorro fugir de casa e levar o gato junto.

O que você faria e como você prevê que a marca reagiria?

Bjos!

Disclaimer: Mantendo e reforçando a parte moral que realmente importa mais que todo o resto; só postar e resenhar como algo positivo, o que de fato for um produto com resultado positivo. Nossos leitores e marcas parceiras agradecem! E aqui no RdN vocês jamais verão alguma coisa resenhada como sendo maravilhosa, a não ser que de fato ela seja maravilhosa. <3

Suelen Cosli

Dia dos Namorados no Amazonas Shopping

05jun


O post de hoje ta literalmente só o amorzinho! Vim mostrar pra vocês o resultado do ensaio fotográfico da excelente equipe da Umbra Fotografia pra campanha de dia dos namorados do Amazonas Shopping! <3

Rodamos o shopping escolhendo e selecionando dicas para presentear nesse dia dos namorados. Espero que vocês curtam nossas escolhas! As informações de onde se encontra cada peça ta na foto, nessa legenda escurinha no canto inferior esquerdo. 🙂

Começando pela foto acima que sela o clima do meu ensaio com o Olhos Verdes; dois nerdões se divertindo e fazendo closes certíssimos com uma equipe de fotografia e produção seguindo eles pelo shopping no maior clima de “tamo vindo da escola pra zuá” (inclusive, obrigada a equipe por deixar a gente tão a vontade! <3)

Os detalhes do primeiro look tão bonitinhos ali na legenda na foto, então aqui vocês vão ter só meus comentários mesmo; eu to apaixonada por essa melissa! Além de confortável pra caramba, o que é essa cor maravilhosa? Combinou com o meu cabelo, choray. Nunca tinha usado macacão na vida (adulta), então demorei um pouco a me acostumar ksjdhajkdh parece que eu to com barrigão, mas ele ta dum tamanho ameno na real. O óculos da ferrovia; amor a primeira vista.

Esse look do Hélio foi uma mistura do que ele normalmente usa (camisas nerd) com o que ele nunquinha na vida usa, que é bermuda jeans e… Bem, qualquer sapato que não seja um tênis ou uma bota. Depois desse experimento social que foi esse ensaio, onde ele precisou sair da zona de conforto, finalmente consegui fazer ele perceber que ele fica lindo em outros estilos também. Blogayra lentamente tentando variar o guarda-roupa do boy, check!

Vou tocar a real com vocês, eu cacei na livraria o meu livro favorito e que seria perfeito pra essa foto, que é Eleanor e Park, mas não achei 🙁 então peguei esse que achei bem fofinho de capa, inclusive me interessei em ler no futuro. Esse vestidinho é a coisa mais linda e fresquinha da vida, amei real! E a melissa nem se fala, melissa é melissa. <3

A camisa do Hélio foi uma homenagem oculta a mim (MUAHAHA âncoras sereias e andorinhas), mas acabou combinando muito com ele também (o que não combina né, aff) <3 a calça skinny também foi novidade pra ele (que é coxudo que nem eu e por isso evita apertos), mas foi outra novidade que ele acabou curtindo.

 

“HAHA QUE ENGRAÇADO AMOR Hail Hydra.”

 

 

Hélio sendo fofo e eu sendo estranha. Nada de novo.

Vou aproveitar a deixa pra agradecer a Chay pelo excelente trabalho na produção desse editorial <3 vi ela correndo pra cima e pra baixo com a Jéssica da Neotrends junto comigo e as outras blogueiras pra escolher as peças pelo shopping e depois no dia das fotos pra que tudo ficasse perfeito; pois ficou!

Ok, vamos tomar uma pausa pra falar sobre como o Hélio fica lindo com camisa jeans de manga longa;



AFF <3

Sério, ainda vou tocar fogo acidentalmente em todas as roupas dele e refazer o armário todo. rs Amor se tiver lendo isso, é pura zoera saudável ta? Ou não
Ok, de volta em mim. :B

Fiquei me sentindo a Priscila Fantin em Alma Gêmea (lembram?) nesse vestido. TÃO LINDO ELE É, teria feito a Serena e saído andando descalça pela mata se não fosse esse sapato bafônico de maravilhoso também da Melissa. Ta muito rosa esse look, muito ariel, muito cute, muito suele sendo fofa.


“ESSE BALDE DE PIPOCA É MUITO ENGRASSSSSSSSADO” 

 

 

“Ai que fofo achando que eu ia dividir a pipoca rsrs noivo seu loko”

Eaí? Curtiram as fotos?
A gente se divertiu MUITO fazendo, e ainda tem mais umas duas ou três que não coloquei aqui mas que vão pro instagram do blog, então segue lá! <3

Ah! Lembram do projeto #Maio15? Foi legal enquanto durou né? Tipo três dias, porque morreu na praia. Suele viajou (e noivou, ta tudo no instagram) depois ficou doente de cama porque né. Quando chegar o dia em que eu volte de SP e não fique doente, eu faço uma festa. Enfim! Quem lembra a punição pra quem não cumprisse o projeto? aham. Relaxem que eu e a Monte o look estamos providenciando esse entretenimento pra vocês.

Suelen Cosli

Os rascunhos em caneta de Alfred Basha

11maio

Alfred Basha é um artista italiano que faz mais em seus rascunhos do que eu em toda minha vida como ilustradora (BERRO). Vou iniciar o post com a tradução de um texto lindo na home do site oficial dele:

Veneza, 2015
AB vem de um mundo de ilustração, da necessidade de soldar suas formas em uma folha de papel.
AB ainda acredita na expressividade instintiva de uma linha de tinta, ainda acredita naquelas ferramentas tradicionais as quais estamos nos esquecendo: mão, caneta, e papel.
AB é a pesquisa de texturas e lugares, de velhas estórias artesanais que tem se tornado débil aos nossos ouvidos: antiquado.
AB concebe e fabrica exclusivamente na Itália, produzindo itens que não são repetidos, jamais.

Outra coisa que me fez querer compartilhar a arte dele com vocês é como os rascunhos dele são tatuáveis. Sério! Os maníacos por tatuagens em preto e branco vão amar. <3

Essa aqui me lembrou a Marielinda, talvez por super ser algo que ela tatuaria né?

 

 

 

 

 

KERO NA MINHA PELE

 

 

Vou tatuar tudo? Provavelmente, yes. Porque sério????
Vem conhecer mais do trabalho dele aqui e curtir a página dele aqui!
Suelen Cosli

Look de Neve – Howling for you

06maio

Olha o look de neve suele sexy appeal mode on com fenda no vestido chegando no blog! Antes tarde que nunca HAHAHA mais um post do projeto #maio15 com a Monte o Look!
Mas antes de ver o post, dá um play na musiquinha como sempre:

Mês passado, fui convidada pelo lindo querido bendito fruto Maoleskine, a comparecer no evento finésse da Revista Tipo. Alguns migos maravilhosos me acompanharam pra deixar a noite ainda mais divertida! <3
A vibe da noite por sinal finalmente me permitiu usar esse vestido de fenda da choies pela primeira vez, e GENTE que vestido é esse. Sério! Não preciso nem falar muito, é só olhar pra ele. É ainda melhor do que eu imaginei que seria pela foto no site. <3 O material é ótimo e digamos que qualquer peça de roupa que dispense sutiã, suele vai amar. Se dispensar da forma correta como é o caso aqui, melhor!

Fiz a femme fatale por uma noite e foi divertido, mas admito que não sei se é minha praia hahahahah tanto que essas poses sutilmente explorando o fator da fenda alá angelina jolie em festa de premiação, foram todas sugeridas pelos migos em questão, porque eu aqui sou bem clueless. Mas até que deu pra enganar, hein?

Esse é o lindo em questão que merece todas as festonas dessa manaus <3 e essas são as lindas que nos acompanharam nos bons drinks! A Pri (de branco) dança Heels junto comigo na S7ND e nessa noite em especial mostrou seus dons em fotografia pra gente; a Mari e a May são blogueiras do Chá das Phynas e a Luana vocês já conhecem, que é a miga linda que tá fazendo o #maio15 comigo aqui no blog.

 
Lindas + minha fenda <3
 
Agora o look ilustrado e os detalhes do look todo:
Vestido bafônico: Aqui (comprei o meu XL e deu deboas (visto 42), mas tem até o XXL <3)
Colar mãe-terra: Aqui
Pulseira de mulher maravilha: Forever 21
Sandália confortabilíssima: Di Passo do Amazonas Shopping
Não esqueçam de conferir o post do dia da Lu! <3 Só clicar no banner do projeto abaixo!
Suelen Cosli

Amigos que se odeiam (e você no meio)

04maio

Pessoas são diferentes. Se não fossem, o mundo seria chato demais, não é? Pois. Mas como tudo tem dois lados, ás vezes essas diferenças acabam resultando na inevitável incompatibilidade de dois serezinhos. E apesar de desanimador, não tem nada de errado com isso, vida que segue.
Na verdade, tem uma coisa de errado na situação sim, e é quando esses dois tem um grande amigo em comum no meio; você.

Eu já passei por essa situação um total de três vezes na vida. Em outras vezes eu estive em um dos lados e quem sofreu no início foi meu amigo no meio, porque eu tava tranquila, sério. Mas nem sempre os dois lados tem todo esse senso de maturidade (SE ACHA SUELE), daí é que estará aberta a temporada de tretas!

Vamos analisar a situação com esse trio fictício:

Geovana, Marcela, e Julinha são bem amigas. Fazem quase de tudo juntas; saídas, fazem festas do pijama, dividem segredos. Até que, num belo dia, algo acontece (daí tem toda uma gama de possíveis problemas; todo mundo é diferente como já falei então não tem como julgar) e Geovana e Julinha brigam. E nem foi briga verbal, foi só um disse-me-disse vindo de lados externos ao grupo, que talvez tenha sido um equívoco e chegou errado no ouvido de uma ou de outra, ou talvez tenha sido alguma coisa bem ruim mesmo.

Seja o que for, aconteceu, e foi ruim. Ruim o bastante pra Geovana nunca mais olhar na cara de Julinha. Julinha bloqueou Geovana no face. Geovana deu unfollow no instagram de Julinha.

E cadê Marcela no meio disso tudo?

Lá mesmo, no meio.

Geovana e Julinha estão bravas uma com a outra, mas não com Marcela. Até porque Marcela não teve ligação alguma com a treta, então não tem por quê ficarem bravas com ela. Pelo menos não ainda.

Ainda não porque, ainda chegaria o dia em que Marcela diria pra Julinha “hoje não posso sair, tenho que ajudar minha mãe com o computador novo dela” quando, na verdade, Marcela estaria indo dormir na casa de Geovana. Geovana essa, amiga do peito, mas que ficou com uma pulga atrás da orelha no fim de semana seguinte, quando convidou Marcela pra almoçar em sua casa, e a mesma disse que não poderia ir pois sua mãe faria um belo peixe assado especialmente pra ela no mesmo dia, e não podia desguiar uma mãe tão atenciosa, não é mesmo?

Marcela você odeia peixe” Talvez ela tenha esquecido num lapso que Geovana a conhece tão bem pra constatar algo tão bobo. “Mas minha mãe adora! E ela quer passar mais tempo comigo e tal, a vida ta corrida, você sabe” Geovana assentiu, compreensiva. Mas a pulguinha? Mordeu um pouco mais forte.

E Marcela não comeu peixe assado no sábado, afinal. Ela almoçou lasanha bolonhesa. Receita mais que especial da mãe de Julinha.

Na quinta-feira, Julinha convidou Marcela para irem ao cinema na mesma noite ver o novo Batman vs Superman, franquia que o trio ama. Marcela com a voz triste disse que não poderia ir, pois tinha que ser babá para a prima que precisava ir a um congresso e não podia deixar a pequena sozinha em casa. Convenientemente a mesma desculpa que deu á Geovana no dia anterior, que já havia a convidado para o mesmo programa.

Marcela estava muito mal. Na verdade ela estava já adquirindo uma cor roxa nas têmporas devido o estresse, pois teve de inventar muitas mentiras nas últimas semanas, coisa que não estava acostumada e lhe consumia de culpa. E dessa vez, foi preciso que fosse assim, desguiar as duas da verdade. Ela simplesmente não podia suportar a ideia de ir com uma das amigas ao cinema; era um programa que as três tinham em mente desde o primeiro trailer solto no facebook. E de repente, por causa de uma briga, esse programa não podia existir mais. Não sem as três juntas. E enquanto isso, Geovana e Julinha se encontravam enfornadas em suas casas, tristes também por não terem a companhia que queriam para ver o superman levando um pau de um playboy milionário e a mulher maravilha aparecendo pra roubar o filme.

Moral da história: A culpa que Marcela sentia, não só lhe custou as têmporas rosadas, mas também a chance de ver Batman vs. Superman na pré-estréia. Agora ela teria de lidar com todos os spoilers pelo resto da semana. Que droga, viu?

Mas e agora, o que Marcela fez de errado aqui? Porque teoricamente, ela não fez nada pra merecer essa vida dupla. Ela não se envolveu em nenhuma briga, manteve a paz o máximo que conseguiu, fez de tudo pra não magoar nenhuma das duas queridas amigas. Então por quê?

Porque Marcela preferiu enxugar gelo.

Vamos ver o que poderia ter sido feito pra que nenhum dos lados, e nem quem está no meio, tenha passado por perrengues ou magoado outrem;

Primeiro: diálogo, Julinha
Ok, elas brigaram. Seja qual foi o motivo, aconteceu a desavença que causou a amizade a azedar e se desfazer. Acontece! Mas desde o início, Marcela como boa amiga sobrevivente do conflito, deve conversar com as duas partes. Deve deixar claro que, apesar do acontecido, ela não quer escolher lados; ela continua amando as duas da mesma forma e não vai deixar que a situação delas acabe prejudicando a amizade que resta. Em troca, Marcela vai ter respeito pelas duas, não vai conversar ou fofocar a respeito da Julinha com a Geovana e nem vice-versa. Vai deixar bem claro desde o início, que se Julinha falar algo ruim de Geovana pra Marcela, Marcela vai jogar o “para-pa-para-parô por aí” e se negar a falar coisas ruins de uma amiga. A mesma técnica vai ser aplicada com Geovana a respeito de Julinha.

Segundo: não força, Marcela
Tentar juntar as duas amigas que brigaram por vezes pode até dar certo, mas dependendo da situação, pode também não ser uma boa ideia; ainda mais quando a principal razão disso é algo tão superficial, como por exemplo, Marcela não querer ter um grupo desfalcado. Temos que respeitar nossos amigos e se no momento, algum deles não quer ter que lidar com alguém que o magoou, você não pode forçar isso pelo bem da dinâmica do grupo.

Teceiro: eita, Geovana!
Talvez o erro mais grave de Marcela na situação acima, foi ter sido falsa com ambas as amigas, pelo “bem maior”. Não existe isso, miga. Mentir numa situação como essa é assinar o atestado de futura ex-amiga, porque vida dupla nunca foi solução de nada. Se num belo dia Marcela for no cinema com Julinha, e o primo do tio do pai de Geovana a reconhece, e conta casualmente durante o almoço de família como viu Marcela e Julinha indo ver aquele novo filme do Johnny Depp no mesmo shopping que ele estava… Um programa inocente… Ou até seria, mas Geovana vai ficar cabreira e se sentir traída, talvez até fazer um escândalo e fazer um textão no facebook jogando indiretas-meio-diretas para Marcela de como ela é falsa… E tudo que Marcela queria era somente manter a paz… Sabe de nada, Marcela.

Quarto: organiza, mas organiza na sinceridade
Foi estabelecido no primeiro passo que honestidade é a parte mais importante numa situação de amigas que se odeiam. Foi estabelecido também, que Marcela como boa amiga, não iria se desfazer de nenhuma das duas amigas, e muito menos trair a confiança da outra. Com isso, é preciso pôr em prática; Julinha convidou Marcela pra acampar no fim de semana. Geovana a convidou pra ir ao boliche. Marcela cordialmente diz que não irá poder, pois já havia combinado de ir acampar com Julinha. Quem sabe no fim de semana que vem?

Quinto: nem sempre dá certo. Todo mundo é diferente.
É preciso aceitar que nem todo mundo vai conseguir ter esse nível de maturidade. De aceitar que a amiga está com alguém que você odeia e costumava confiar. E se estiverem falando mal de você? E se Marcela gosta mais de Geovana que de Julinha? Tudo pode ser combustível pra discórdia se não existe confiança na amizade. E se for o caso, ás vezes é mais fácil deixar rolar e ver qual lado cai primeiro. Sim, eu sei que é chato.
Marcela saiu com Geovana. Foram fazer fotos do novo cachorrinho de Marcela no parque. Julinha fica com raiva e manda indiretas no facebook sobre “amizades que não são mais as mesmas” ou mesmo “queria ter uma câmera profissional. Soube que uma nikon pode preservar amizades. :)” Vish!

Sexto: um dia de cada vez
Se um dos lados de fato ruiu, paciência. Marcela fez sua parte. Não foi falsa, se manteve fora da treta e fez o que pôde para manter a paz. Mas Geovana decide que não consegue confiar em Marcela o suficiente pra ter certeza que ela não contou para Julinha que ela havia brigado com o namorado na noite passada. Julinha passa a convidar Marcela cada vez menos para saírem juntas, e quando Marcela chama, Julinha normalmente está ocupada. Não confia mais segredos a Marcela. E o distanciamento silencioso acontece.
Vida que segue.

Conclusão; Não podemos ter controle sobre nossos amigos (o nome disso é the sims), e haverão vezes na vida em que um grupo tão bom, tão divertido e dinâmico, pelo motivo que seja – vai se romper. Mas você não é obrigado a escolher lados. Apenas esteja lá para todos os seus amigos em questão, com honestidade do início ao fim, e muito diálogo.

Vai ser difícil, mas por muitas vezes, acaba dando certo.

E quando não der?

As lembranças legais vão perdurar e novas amizades vão vir. Sempre vêm.
Porque pra nossa sorte, encontrar novos amigos que tem tudo a ver com você é bem mais fácil do que achar sua alma gêmea, por exemplo. (e convenhamos, prioridades!)

Marcela voltou a falar com Geovana depois de algum tempo. A amizade não é mais a mesma, mas existe uma fagulha de expectativa de que um dia, volte. Não tem pressa. Outro dia elas até foram lanchar juntas! Com um grupo de amigos, claro.

Julinha está num intercâmbio e depois de alguns meses tendo os melhores momentos da sua vida de estudante, desbloqueou Geovana no facebook. Elas continuam não se falando.

Mas outro dia eu vi que Geovana curtiu uma foto de Julinha em que ela estava construindo seu primeiro boneco de neve. E mais ainda, ela até deixou um comentário.

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Não esqueça de conferir o post do dia da Luana, clicando no banner abaixo! <3

 

Suelen Cosli

Noites insones # 1 – Minha amiga Jo

07abr

Perguntei no facebook uns dias atrás quão grande seria o interesse da galera em ler contos de terror traduzidos aqui no blog. Eu pessoalmente AMO ler relatos, especialmente aqueles atestados como sendo verdadeiros; sigo alguns tumblrs e alguns blogs gringos que postam histórias de e-mails enviados pra eles contando cada coisa cabeluda (de novo AMO), e pensei; Quero dividir essas lindezas com os floquinhos. Pelo menos com aqueles que são tão sádicos da cabeça como eu e curtem ler história de fantasma e capiroto de madrugada. (Deus, me ilumina aqui)

A resposta no face foi bem bem BOA então decidi e assim farei, de tempo em tempos vou trazer um relato traduzido que tenha chamado minha atenção e que seja bacaninha, começando por esse que, no tumblr, não possuia nome então eu mesma criei um pra entitular o post: Minha amiga Jo.

Lê quem quer e depois não culpa tia Suh pela noite sem sono. Nem pela respiração arrastada no cantinho mais escuro do quarto.

Fiquem com o relato abaixo, seguido do link pro post original no meu tumblr favorito de todooooos os tempos. Beijos! <3

“Quando eu era mais jovem, talvez entre os 6 ou 7 anos, nós morávamos em uma cidade pequena em uma das áreas mais isoladas da Pensilvânia. Era um cenário típico, lojas de papai e mamãe, pessoas que cresceram umas com as outras por gerações, e extensas áreas arborizadas.
Naquela época eu estava morando com meus pais e minha avó na mesma casa. Duas casas mais abaixo da nossa vivia uma família com uma garotinha chamada Joanna. Nós éramos as duas apenas crianças e por isso fizemos amizade rapidamente. Jo era do tipo que amava ficar ao ar livre, e nós sempre estávamos escalando árvores ou andando nas pontas dos pés pelas bordas da floresta. Eu nunca tive de fato permissão pra entrar na floresta no entanto, tendo pais mais durões do que ela, e eu não ousava mentir a respeito (minha mãe sempre sabia quando eu fazia algo pelas costas dela).
Um dia, Jo veio á minha casa e queria brincar. Minha avó disse a ela que eu poderia brincar mais tarde porque eu tinha de ir ao médico fazer um checkup antes do ano escolar começar. Era verão, e nós costumávamos sempre ficar brincando ao ar livre por bastante tempo já que o sol ficava no céu por mais tempo. Naquela noite eu estava pela casa quando ouvi um tap-tap na tela da porta (nós deixamos a porta sólida da frente aberta no verão quando ainda estava claro para deixar entrar um pouco de ar fresco, já que não tínhamos ar condicionado na época). Jo estava parada ali, o que eu achei estranho, porque ela normalmente entrava sozinha e sem cerimônias na casa. Eu me aproximei e abri a porta telada e ela me chamou para ir brincar. Ela parecia meio bagunçada, mais que o normal, então eu perguntei a ela o que ela esteve fazendo.
Ela me disse que esteve dentro da floresta e achou um lugar incrível por lá, e que nós tínhamos de ir conferir, só dessa vez, ela prometeu. Eu me senti um pouco desconfortável e disse a ela que não podia ir por causa da minha mãe. Mas Jo continuou insistindo e toda a situação só ficou mais esquisita porque ela não entrava na casa e simplesmente ficava lá, em pé do lado de fora. A insistência dela beirava o agressivo em certo ponto, e eu me senti ficando ansiosa. Eu fingi subir as escadas para perguntar a minha avó se poderia ir brincar com a Jo, e então menti e disse a ela que minha avó me disse para ficar em casa. Jo ficou brava, e eu fechei a porta.
Eu eventualmente espiei entre as persianas para ver se ela ainda estava lá, mas ela não estava.
Naquela noite eu estava na sala de estar assistindo desenhos enquanto minha avó fazia o jantar. De repente havia uma grande comoção quando meus pais entraram apressados, correndo até mim. Minha mãe estava chorando e me abraçando e eu não conseguia entender por que ela ficava dizendo como estava aliviada.
Mais cedo naquela manhã, quando eu fui ao médico com a vovó, Jo havia ido para a floresta brincar. Ela de alguma forma tropeçou em uma raiz ou uma pedra e caiu por um declínio de terra, quebrou o pescoço, e morreu na hora.”
Traduzido daqui.
Suelen Cosli
167891035